domingo, 9 de outubro de 2011

Acaras Disco

              Acaras Discos (gênero Symphysodon)

Os discos são naturais da Amazônia, apresentando-se sob a forma de duas espécies: Symphysodon discus e Symphysodon aequifasciata, com várias sub-espécies. Considerado um dos símbolos do aquarismo, tem um formato achatado, em forma de disco, característica que deu seu nome.
O termo acará-disco ou peixe-disco é a designação comum aos peixes teleósteos perciformes da família dos ciclídeos do gênero Symphysodon. De distribuição amazônica, corpo discoidal geralmente com faixas escuras verticais, são peixes ornamentais. São pacíficos, onívoros e gostam de pH ácido.
A reprodução destes peixes é comum e diversas variantes comerciais estão disponíveis em lojas especializadas. Peixes criados em cativeiro tem maior expectativa de vida e no exterior virtualmente todos os acará-discos nunca estiveram fora de um aquário.

Em ambiente natural, vivem em águas não muito agitadas, relativamente cristalinas. Em aquário, é considerado frágil, embora possa viver até mais de 10 anos.

Essa idéia de "frágil" deve-se ao fato de que ele é um peixe exigente, com relação à qualidade de água, principalmente ao nível de amônia. Além disso, é um pouco tímido ao se alimentar, de modo que, se houver peixes mais rápidos, o disco pode ficar sem comer. Quando já acostumados, porém, alimentam-se muito bem, aceitando qualquer tipo de alimento, com preferência clara a alimentos vivos. Isso varia um pouco com relação à precedência do peixe, pois os nascidos em cativeiro estão mais acostumados a rações.

Gosta de viver em grupos de mesma espécie, podendo manifestar agressividade quando sozinho ou em par. Caso queira pôr peixes de outras espécies, dê preferência a corydoras e cascudos. Evite peixes rápidos e bandeiras (estudos dizem que estes podem transmitir hexamitas, parasitas que não os afetam, mas são graves problemas aos discos).

Quanto ao aquário, deve ter pH ligeiramente ácido (aproximadamente 6.6 a 6.8), algumas plantas (de preferência compridas, como valisnérias), iluminação fraca, água mole e livre de amônia. Além disso, atente para o fato de deixar uma alta proporção de volume de água por peixe (cerca de 50l por peixe adulto).

A Reprodução do Acará disco


O acará disco é um exemplar ovíparo, cuja reprodução está diretamente associada à possibilidade de proporcionar às matrizes as qualidades de água, iluminação , alimentação, etc, mais próximas possíveis ao habitat natural da espécie. Um aspecto dificultador é que não se consegue distinguir visualmente , quais exemplares são machos e fêmeas, bem como o fato da formação de casais dar-se de maneira espontânea.
O tanque de criação deverá ter entre 75 a 114 Litros , não possuir substrato, possuir um aquecedor que mantenha a temperatura nos padrões adequados, um filtro esponja (interno) e um receptáculo de desova, onde você deseja que o casal deposite os ovos. Além disso, é ideal que se cubra o fundo e laterais do aquário de reprodução com uma cartolina colorida em tons claros como azul claro, verde ou bege.
O receptáculo pode ser um pedaço de ardósia, tijolo, um vaso de flor invertido, um cone de reprodução (fabricado justamente pra esse fim) ou um cano de pvc grudado a uma base. O casal prefere desovar em uma superfície estável e vertical, que será limpa vigorosamente pelo casal no período do “namoro”.
Um conselho é não incluir qualquer outro peixe,caramujo ou animal aquático no aquário de reprodução, para evitar stress do casal e acidentes do tipo caramujos devorarem os ovos durante a noite.
A iluminação é a mesma colocada anteriormente, luz do sol indireta já supre as necessidades, porém iluminação artificial também é bem vinda.
Quando o casal já se encontra no aquário de reprodução e pronto para o acasalamento apresentam o comportamento de se sacudir um em frente do outro, às vezes abanando , às vezes mordendo um ao outro. Ambos também irão nadar um em direção ao outro em grande exibição de cores com todas as suas barbatanas esticadas.
A desova geralmente é de 200 a 400 ovos e leva em torno de duas horas para se completar inteiramente. Após isso o casal fica cuidando dos ovos, retirando os atacados por fungos, etc. Neste período os pais podem ser alimentados, porém com muito cuidado para não assustá-los. A eclosão ocorrerá em 3 dias (dependendo da temperatura da água).
Após a eclosão os pais ficarão mudando os filhotes de lugar para melhor protegê-los e separá-los dos ovos não eclodidos e atacados por fungos. Enquanto os alevinos se tornam mais e mais ativos, a cor do corpo dos pais irá se tornar escura. No final do terceiro dia após o nascimento, todos os peixes começarão a nadar e se agruparão em torno dos flancos dos pais.
Nos primeiros dias os filhotes se alimentam do muco dos pais ficando aderidos a eles dia e noite. Após 10 dias, os alevinos se apresentaram mais arredondados e podem ainda ser alimentados apenas pelo muco dos pais até atingirem 1cm de diâmetro. Alguns separam os filhotes dos pais, porém é adequado que os filhotes fiquem por 3 semanas em conjunto com os mesmos. Passada esta fase, deve-se observar cuidados com a alimentação e limpeza do tanque. Para a alimentação náupilos de artêmia recém eclodidas são as mais usadas pelo seu alto valor protéico. Daí em diante , deve-se observar os aspectos de manutenção e alimentação adequadas para que se complete o ciclo de vida desta maravilhosa espécie.
Doenças
Muitas vezes é difícil precisar e entender por enfermidades, uma vez que nem sempre o peixe poderá estar realmente doente, apenas passando por estado de stress e passamos a agregar medicamentos pensando ser doenças. Tal equivocação onde muitas vezes Discos não estão doentes e sim intoxicados de alguma forma na qual apresentam características enfermas reais.
O diagnóstico acaba sendo muito complicado principalmente para principiantes devido a estes fatores, no qual leva o hobbysta cometer verdadeiras atrocidades pensando estar tratando seu peixe e na verdade estará intoxicando-o ainda mais com medicação incorreta. Portanto, caso não disponha de conhecimentos adequados no tratamento, reúna um maior número de sintomas apresentados e estude ou mesmo procure ajuda de mais experientes para o melhor tratamento. Tratamentos a doenças mal diagnosticadas é pior e devem ser evitadas.
Se desconfiar de alguma anormalidade em seus Discos, o primeiro passo é efetuar generosa troca parcial de água e reforçar a filtragem biológica inicialmente.
Por mais que se respeite alguns itens como manutenção adequada, aquário com população controlada e parâmetros estáveis, poderá ainda ocorrer alguns focos de doenças vindo de outros peixes recém inseridos no tanque, portanto quarentena é a palavra chave e a prática ideal. Lembre-se: um tanque maturado e estável aliado a boa alimentação, os riscos de peixes contraírem doenças será praticamente nulo.

Inicialmente a qualquer nova montagem do aquário, existe uma velha síndrome denominada "síndrome do aquário novo", onde o aquário imaturo ocorre muitas oscilações de parâmetros da água. Precaução neste caso é válido, procure inserir seus primeiros Discos no tanque após ter absoluta certeza que todos parâmetros estão controlados e estáveis. Uma dica é inserir após cerca de 1 mês de montagem peixes resistentes para ir adequando corretamente até a inserção dos Discos posteriormente. Particularmente sempre espero entre 2 meses ou pouco mais para inserir os primeiros Discos, este tempo será o ideal para equilibrar os parâmetros da água, alêm se formar seu sonhado layout com plantas e decoração de forma que evitará no futuro, ficar trocando-as de local, estressando desnecessariamente seus peixes.
Alguns itens importantes a serem levados em consideração:
  • Quarentenar novos peixes por no mínimo 4 dias e executar uma minuciosa observação no comportamento do peixe recém adquirido;
  • Controle de pH, kH, GH, NH4, NO3, NO2;
  • Sifonar o fundo do tanque regularmente (acúmulo de matéria orgânica é fatal);
  • Limpeza regular do filtro e trocas de materiais filtrantes se necessário;
  • Controle de temperatura, evite oscilações maiores que 2ºC diário;
  • Trocas semanais de água (30% em média);
  • Sempre observar seus Discos periodicamente e notar se não há nenhum exemplar com características enfermas;
  • Tranqüilidade máxima para o aquário;
  • Jamais usar compressores de ar e pedras porosas na decoração;
  • Fornecer alimentação de excelente qualidade e sem excessos.
Notem que a melhor forma é mesmo a prevenção. Água sempre limpa e tratada, boa alimentação e os fatores estressantes reduzidos e redução no uso da química na água, ajudam bastante na redução de contraírem doenças.
Discos não são peixes sensíveis, muito pelo contrário, resistem e podem viver em condições adversas, o problema maior é que quando surgem quaisquer moléstias, ficam sem comer, aonde acaba debilitando ainda mais. Atenção redobrada neste caso e lembre-se que nesta situação eles ficarão muito dependentes do dono, necessitando de tratamento VIP como se fosse um verdadeiro bebê.
Se o Disco atingir certo ponto de debilitação/magreza, será muito difícil reverter a situação onde muitas vezes acabam falecendo ou mesmo que não venha a morrer, poderá deixar seqüelas principalmente se estiverem ainda em desenvolvimento, deixando de atingir seu ótimo crescimento.
Quarentena e hospital
O aquário de quarentena deverá ser sem nenhum enfeite ou substrato, munido apenas de um filtro externo fraco ou mesmo um filtro de esponja ciclado, já que deverá ser mantido sempre limpo. Estando sem nada em sua decoração ajuda e muito na manutenção periódica.
O período de quarentena deverá ser respeitado, que pode variar de 2 a 4 semanas onde os Discos recém chegados obterão uma melhor aclimatização aos parâmetros de nossa água e ao tipo de alimentação.
A intenção aqui é obter a maior fonte de informações possíveis para o melhor reconhecimento da saúde de nossos peixes (estude seus hábitos) e se precisar, efetuar o tratamento antes de inseri-los no tanque junto com outros Discos já habituados e saudáveis.
Medidas de prevenção poderão ser aplicados neste tempo em que ficarem de quarentena como elevar a temperatura para próximo a 32ºC e a adição de sal (sem iodo, 1 colher de sopa para cada 50L) para aumentar o apetite dos peixes e melhorar seu sistema imunológico. Esta medida preventiva deverá ser acompanhada com muita observação e trocas constantes de água aliada a uma boa alimentação. Evite o uso de medicamentos no tanque quarentena, a não ser que realmente seja necessário. Este aquário poderá ser usado como tanque hospital.
Doenças mais comuns
  • Doenças de Pele:
As mais comuns são Oodinium, íctio e costia. Os sintomas apresentados pelos peixes neste caso será a coloração escura constante, manchas brancas na pele e excesso de muco. Costumam se esfregar na decoração constantemente.

Costia

Fungo de peixes
No caso o Íctio, elevar a temperatura por no mínimo 15 dias resolve o problema, já para as demais doenças, existem medicamentos próprios para cada doença. Opte por uma boa marca e siga as instruções indicadas na bula do remédio, tomando muito cuidado com a dosagem do medicamento, já que apresentam sua composição muito forte.
  • Intoxicação:
Novamente friso que a intoxicação poderá ser o maior mal ao Disco, não é necessariamente uma doença, mas é a maior porta de entrada para parasitas/bactérias oportunistas. A intoxicação poderá ocorrer por níveis altos de amônia/nitritos, medicamentos mal administrados, baixos níveis de O2 ou mesmo outros produtos químicos usados largamente no tanque.
Troca de água constante até que normalize os parâmetros é bem vindo neste caso com alimentação viva bem administrada em seqüência é a melhor solução.
Note que após ter tomado processos cabíveis para a solução dos problemas, se teu Disco não foi atingido por outra doença mais grave. Se todos (sem exceções) Discos foram afetados com a mesma doença, faça o tratamento no próprio aquário (note se não possui outros peixes junto).
  • Problemas digestivos:
Problemas de intestino e estomago se enquadram aqui. Geralmente as fezes começam a ter aspecto transparente ou branca, ficando escuro ou com nadadeiras fechadas, escondendo em qualquer canto e perda do apetite.
Deverá ser ministrado um bom parasiticida/bactericida neste caso. Algumas vezes poderá sair pequenos vermes compridos e brancos/vermelhos nas fezes, um bom vermífugo resolverá o problema.
E por fim, se estiverem com o estomago inchado, poderá ser o tipo e quantidade de alimentos ingeridos onde este se acaba acumulando no estômago e se não tratado poderá levar o peixe a morte. Um laxante fraco poderá ser usado nestes casos a modo do peixe defecar liberando toda "sujeira" dentro de seu estômago. Mas use com moderação e certifique-se que ele realmente não esteja "gordo" apenas porque come demais.
  • Verminoses:
Verminoses são terríveis para Discos, trazendo muito sofrimento. Tal doença é mais comum do que se pensa em Discos.
As verminoses se dividem em 3 grupos: Verminoses cutâneas, Gastrointestinais e de Guelras (citado acima), sendo as mais comuns o de Guelras e Intestinos que poderá ser encontrado em qualquer Disco, principalmente selvagens.
O maior problema neste caso é que muitas vezes o peixe não denuncia a presença destes vermes, devido ao vírus estar sem seu corpo em forma de quistos. os principais sintomas são:
Vermitose de Guelra: Respiração acelerada (ofegante) podendo uma das guelras se fechar totalmente; poderá aparecer fios de muco transparentes pendurados nas guelras; movimentos bruscos na cabeça; animal fica como se estivesse querendo tossir ou vomitar.

Verme de Guelras
Vermitose cutâneas: Escurece parcialmente e sua pele começa a esbranquissar onde a mucosa começa a se decompor; suas nadadeiras começam a corroer chegando ao ponto de se desfazer totalmente.

Verme âncora
Vermitose Gastrointestinais: Seu abdomen se encolhe, mesmo o peixe se alimentado, onde acaba perdendo peso e definhar. Entre a característica de peso mais comum de ser observada é na testa do animal, onde fica muito magra e seu abdomen que acaba ficando muito magro.

Tripanoplasmose
Para tratamento existem bons medicamentos para todos os tipos de vermes citados acima. Procure um que se adeque a sua necessidade e siga a recomendação da bula no tratamento, não esquecendo de isolar o peixe afetado.
Tratamento
Baseia-se em duas regras fundamentais em casos de enfermidades: Análise crítica e ação inicial.
Análise crítica se baseia com muita clareza se o animal está doente ou não e se outros peixes podem estar afetados. No caso de apenas um peixe estar afetado, remova-o o quanto antes no aquário hospital e no caso se todo o grupo ou boa parte dele estiver enfermo, efetue o tratamento de todo aquário.
Em seguida vem a ação inicial a executar. Aumento da temperatura para 31ºC (ou mais se possuir apenas Discos), bem como inicialmente trocar 50% da água antes de ministrar qualquer medicamento. Esta troca de água eliminará uma série de doenças e enfraquecerá outras, facilitando a eficácia do medicamento ministrado.
Estas regras valem tanto para o tanque hospital como o tanque onde se encontram os Discos. No caso de isolar o peixe afetado em um tanque hospital, use 50% da água do aquário + 50% de água nova.
Diagnostico
Quando temos dúvidas com relação a qual o melhor tratamento ou mesmo um diagnóstico preciso, recorremos aos mais experientes para nos melhor ajudar, seja em fóruns, amigos e mais. Abaixo um exemplo a se seguir de diagnóstico preciso, levando em consideração que quanto mais informações melhor, já que é praticamente impossível um bom diagnóstico sem o contato visual.
    • Exemplo de diagnóstico (fictício):
Descrições gerais:
  • Disco de 10cm, variedade "Alenquer";
  • Adquirido a mais de 3 meses sem ter apresentado algum problema;
  • Alimentação com rações granuladas (marca X), artêmias viva;
  • Aquário pH 6.0, kH 3, GH mole, temperatura 28º, NO3 < 0.1, NO2 < 0.2, Fe 0.1-0.2
  • Manutenções com sifonagem semanal de 30% com testes semanais;
  • Filtros externo Canister;
  • Aquário plantado comunitário;
  • Companheiros: 3 Discos e alguns Neons e Coridoras;
  • Nenhuma baixa nos últimos 3 meses.
Enfermidade (breve histórico dos problemas ocorridos antes e depois da enfermidade):
  • Peixe anteriormente muito ativo se alimentando regularmente;
  • A uma semana nota-se apatia e quase não se alimenta com um CAC perseguindo-o e sugando seu muco;
  • Retirei o CAC e continua o desinteresse por alimento;
  • Apresenta feridas visíveis em seu muco.
Sintomas:
  • Coloração escura constante;
  • Comportamento: continua a se esconder;
  • Nadadeiras: Normal, não estão coladas
  • Respiração: Normal, sem ofegação ou boquejos;
  • Alimentação: Come muito pouco ou quase nada, evitando até mesmo alimentos vivos;
  • Demais peixes: Apresentam estarem normais;
  • Olhos: Está pálido, em torno do olho apresenta inchação;
  • Outros comportamentos e sintomas pelo corpo:
Note que com as informações acima, alguêm poderá ajudar e muito no diagnóstico preciso de seu peixe enfermo, quanto mais informações (revelantes, nunca inúteis), melhor.
Pós Tratamento
Terminado o tratamento e se não surtiu o efeito desejado, é muito conveniente que aguarde um período de 15 dias no mínimo para repetir o tratamento caso opte por usar outro medicamento diferente, este intervalo de tempo evitará uma bela intoxicação em seus Discos, onde muitas vezes acaba comprometendo seu fígado e mucosas gastrointestinais.
Após o tratamento será outra importante etapa na recuperação de seu Disco, pois ainda poderá estar muito debilitado. Adicione alimentos vivos em abundância e vitaminas líquidas de forma a estimular seu apetite. Poderá ainda deixar rações por pouco tempo molhada na vitamina líquida e fornecer logo após, o mesmo vale para alimentos vivos.

Acaras Bandeira

Acará Bandeira
O Acará-bandeira (Brasil) ou Escalar (Portugal),Pterophyllum scalare, é um acará do Amazonas. Chega a atingir 18 cm de comprimento, de corpo triangular e lateralmente achatado, com coloração variando de cinza claro a escuro, podendo possuir faixas escuras, nadadeiras dorsal, caudal e anal bem desenvolvidas. Também é conhecido pelos nomes de acará-bandeira-comum, acará-de-véu, acará-fantasma, acará-fumaça, acará-negro, buvuari, buxuari e piraquenanã. É uma espécie ornamental.  
    
•    Origem: Norte da América do Sul (Bacia Amazônica).
•    Comprimento máximo: 10 cm.
•    Reprodução: ovíparo, desova em folhas e pedras.
•    pH: ligeiramente ácido a neutro (6,8 a 7,0).
•    Temperatura: 24 a 28 ºC.
•    Aquário: médio a grande e bem plantado.
•    Alimentação: Devem ser fornecidas pequenas quantidades de alimentos floculados para ciclídeos, duas vezes ao dia. É conveniente acrescentar esporadicamente alimentação viva como artêmia salina, tubiflex, dáphnia ou larvas de insetos.
•    Comportamento: pacífico, vive em cardume, territorialista quando se acasala.
Para os aquariofilistas, o acará-bandeira é um dos mais populares peixes de água doce. O gênero Pterophylum foi descrito por Heckel em 1840. Seu gênero Pterophylum é dividido em quatro espécies conhecidas: P. Scalare (o bandeira popular), P. Altum (originário da bacia amazônica colombiana, possui o corpo mais achatado e alto, é exportado pela cidade de Bogotá para os Estados Unidos, Europa e Japão), e P. Dumerilli e P. Leopoldi, que são os mais desconhecidos pelo aquarismo mundial.
O Acará Bandeira amazônico é um dos peixes mais populares de todos os tempos. É quase impossível encontrar um aquarista que não tenha mantido pelo menos um. A falta de coloração brilhante do Bandeira é compensada pelo seu exclusivo e lindo conjunto de barbatanas, e pela variedade de padrões que foram desenvolvidos ao longo de muitas décadas de cruzamento seletivo.
Contribuído por Marcos Avila

O Acará Bandeira é um peixe que já está pronto para ser reproduzido quando atinge 12 meses de idade. É um peixe ovíparo. A preparação para a reprodução deve começar quando eles tiverem cerca de 6 meses de idade, quando devem ser colocados vários bandeiras (machos e fêmeas) num aquário e esperar. Depois de algum tempo terão se formado, naturalmente, alguns casais. Separe aquele que vai se reproduzir e coloque-o em um aquário próprio para reprodução (geralmente de 60x40x40), que não deve ter cascalho ou qualquer outro substrato. Para a colocação de ovos, os Bandeiras preferem folhas de plantas, entretanto, eles podem escolher outros lugares (vidro do aquário, cano de pvc...). Os pais devem ficar junto com os ovos e, posteriormente, junto com os filhotes. O sinal mais evidente de que o acasalamento está prestes a ocorrer é: o casal fica limpando uma determinada região. Nesta região os ovos serão colocados.
Contribuído por Pedro Ferreira

Eu estou começando a criar alguns bandeiras agora e comprei cinco deles (um dourado, dois rajados de preto e prata como o da esquerda acima, um todo preto e um todo prata). Eles são peixes muito ativos e logo que chega alguém para observar o aquário eles se aproximam, parece até estar pedindo comida. Sempre que chega algum peixe novo no aquário eles estranham, mas basta dois dias e eles se acostumam. Dos meus o mais interessante é o todo prata, ele tem uma lista preta no olho e o resto do corpo é prateado, mas quando nos aproximamos do aquário ou damos comida aparece algumas listas pretas por todo o corpo.
Contribuído por André Lemos

O Acará Bandeira é um peixe tranqüilo, mas se algum outro peixe quiser beliscar suas barbatanas ele fica nervoso e dá corrida nos peixes à sua volta. Ele se dá com vários peixes (paulistinhas, cascudos, mato grosso, ... ) e na hora da reprodução prefere liberar os seus ovos em folhas largas de plantas ou em cima de uma pedra grande e lisa, já que os ovos são grudentos e não se soltam facilmente do local onde foram depositados.
Contribuído por Alexandre Figueiredo

Há cerca de oito meses, coloquei três acarás bandeiras de aprox. 7 cm no comunitário. Dois deles formaram casal, porém morreram dois e o que sobrou ficou até há pouco tempo comendo pouco, pálido e isolado dos demais habitantes. Já tinha desistido dele quando coloquei no aquário um belíssimo tronco de aroeira que ganhei de um fazendeiro amigo. Para minha surpresa o pobre coitado ganhou nova vida, ficando com suas listras pretinhas e aparentemente super feliz, e já estou procurando outros tão belos quanto ele (o acará mais lindo que já vi) e formar um novo cardume, e de presente para ele estou providenciando um tanque de 250 litros.
Contribuído por Luiz Carlos Corrêa

Tenho num aquário comunitário (100x40x30), 2 casais de acarás-bandeiras, que dividiram entre eles o aquário em duas partes. Eles provocam-se mutuamente,mas sem nunca invadirem o territorio do outro casal! Um desses casais desovou 2 vezes em 10 dias. A primeira numa planta de folhas largas, cuja folha retirei para um aquário à parte (com a mesma agua, e sem que os ovos entrassem em contacto com o ar), tendo conseguido que sobrevivessem cerca de 40 escalares! A segunda desova, numa grande pedra, deixei que os pais guardassem os ovos, mas apesar do seu esforço, acabou por não sobreviver nenhum! A diferença entre os sexos, ao contrário do que sempre me disseram, é bastante fácil nos meus peixes. Nas fêmeas, a cabeça forma uma linha recta, enquanto os machos possuem uma ligeira curva até os olhos!Setup do aquário de reprodução

Particularmente eu gosto de utilizar aquários de 64 litros com as seguintes medidas: 40 x 40 x 40 cm (comprimento, altura, profundidade) e é de consenso comum que os bandeiras preferem aquários mais altos, sem nenhuma plantas ou substrato, só um filtro de esponja e uma placa de ardósia como substrato para desova.

É um peixe muito tolerante com a qualidade da água. Não é exigente com relação a dureza da água, sua reprodução inclusive, é obtida com sucesso em vários níveis de dureza. Ele é por natureza originário de água mole e pH baixo (6,5) livre de amônia, mas recomendo trabalhar com adaptação em água da torneira, que possui pH neutro e dureza mediana que para quem mora na cidade facilita o manejo de água. Eu não utilizo anticloro, retiro a água pelo menos 24 horas antes e coloco uma aeração com compressor introduzindo uma pedra porosa na água para volatizar o cloro.
 
Formação de casais
 
Acara BandeiraDevemos adquirir jovens de 3 a 5 cm de comprimento, pois estes logo começarão a formar casais. O dimorfismo desta espécie é um tanto o quanto subjetiva e pode ser facilmente encontrada na internet, porém estas regras nem sempre são válidas.

O bandeira prefere aquário alto, que facilita o bom desenvolvimento de suas nadadeiras, por isso coloque de preferência em um aquário de aproximadamente 100 litros de formato retangular com as seguintes dimensões 70 x 45 x 35 cm (comprimento, altura, profundidade), seis peixes colocados ao acaso, para que eles mesmos identifiquem-se e selecionem seu par. Afinal, você não gostaria de que escolhessem uma esposa para você ou vice-versa.


Os bandeiras saudáveis, atingem a maturidade sexual entre oito a 12 meses. Uma vez formado o casal, que é muito fácil identificar, pois o casal vai estar de um lado do aquário e todos os outros do outro lado, sendo que o casal defende ferozmente o seu local escolhido para desovar. Deve somente transportá-los para o aquário de reprodução já previamente preparado e estabilizado.


Setup do aquário
de reprodução

Particularmente eu gosto de utilizar aquários de 64 litros com as seguintes medidas: 40 x 40 x 40 cm (comprimento, altura, profundidade) e é de consenso comum que os bandeiras preferem aquários mais altos, sem nenhuma plantas ou substrato, só um filtro de esponja e uma placa de ardósia como substrato para desova.


É um peixe muito tolerante com a qualidade da água. Não é exigente com relação a dureza da água, sua reprodução inclusive, é obtida com sucesso em vários níveis de dureza. Ele é por natureza originário de água mole e pH baixo (6,5) livre de amônia, mas recomendo trabalhar com adaptação em água da torneira, que possui pH neutro e dureza mediana que para quem mora na cidade facilita o manejo de água. Eu não utilizo anticloro, retiro a água pelo menos 24 horas antes e coloco uma aeração com compressor introduzindo uma pedra porosa na água para volatizar o cloro.


Condições para a desova:


Acara BandeiraUma vez separado o casal iniciamos o manejo para induzir a reprodução. Forneça ração específica para ciclídeos alternando com ração de espirulina, no entanto, ser cauteloso na superalimentação, o que é evidenciado pela presença constante de restos de comida no aquário, quando isso ocorre, é necessário então sifonar rapidamente as sobras. Como complemento alimentar oferecer duas vezes por semana um alimento vivo,  larvas de mosquito, dáfnia, artémia, etc.

A temperatura deve ser mantida entre 26º a 28°C. Faça trocas parciais de água freqüente, a fim de manter-se o nível de amônia e dureza baixos. Eles adoram esta trocas de água que estimulam o acasalamento e desova.

 

Desova e Fertilização

 
Reprodução Acara Bandeira
Com as condições favoráveis ​​você vai começar a ver o casal limpando o local da desova. O peixe pode escolher ou rejeitar a peça de ardósia. Os ovos serão depositados na chapa de desova onde a fêmea vai depositando os óvulos e o macho vai pareado a fertilizar os ovos. Os ovos, que não forem fertilizados ficarão brancos dentro de 24 horas e os pais vão comê-los para que não funguem e contaminem os ovos embrionados.

Cuidados com os ovos e larvas


Caso os pais não se sintam seguros ou estressados, podem alimentar-se dos ovos. Nesse caso, é possível transferir a desova para uma bandeja de incubação retirando a placa de desova rapidamente, pois os ovos podem gorar por falta de água. 


É aconselhável encher o tanque com água do aquário de reprodução, acrescentar uma gota de azul de metileno a 2% para cada cinco litros de água e colocar uma aeração de modo que provoque uma circulação de água em torno dos ovos sem provocar muita agitação, pois a turbulência pode ocasionar o entortamento da coluna nas larvas.


Porém, se os pais cuidam normalmente da desova, é indicado deixá-los junto das larvas para que cuidem até que elas comecem a nadar livremente no aquário. Os pais costumam trocar as larvas de lugar, limpando previamente o local como medida de higiene da prole, evitando que as mesmas fiquem fungadas.


Reprodução Acara BandeiraAcara Bandeira

Os óvulos fertilizados eclodem após 48 horas e as larvas ficam grudadas na placa como se estivessem colados por um muco, nesse momento poderá vê-las com sacos de vitelíneos grudadas ao local da desova. Após mais 3 dias, eles desenvolvem os olhos, absorvem o saco vitelínico e começam a nadar livremente.

Neste momento você pode sifonar as larvas para uma bacia, tomando o cuidado para que o desnível de sifonamento não seja muito elevado, para evitar entortamento de coluna devido ao turbilhonamento. Mudar a água regularmente e alimentá-los com artémia recém eclodida (nauplio), pelo menos três vezes ao dia, procurando evitar que ele fique de barriga vazia, pois quando a barriga fica vazia a larva não tem reservas e morre. A figura abaixo mostra uma larva de barriga cheia e uma com a barriga quase vazia


Acara Bandeira
Você deve manter o tanque limpo, removendo as larvas mortas e restos de comida depois de meia hora após cada fornecimento de náuplio de artêmia. Sempre mantendo as larvas de barriga cheia, tornando assim os animais sadios e evitando mortalidades.

A partir do décimo dia devemos começar a fazer a adaptação das larvas com a ração, substituindo a primeira refeição do dia por ração em pó durante uma semana, depois duas refeições por mais uma semana e a partir da terceira semana entrar com o náuplio de artêmia como petisco todos os dias.


Você pode tranferir estes jovens para um aquário com outros peixes, apenas quando o primeiro atingir pelo menos dois meses de idade.


Desejo sucesso na sua tentativa e que se divirta vendo estas maravilhas crescerem.

Acara BandeiraAcara Bandeira

Lebistes ou Guppys

Nome Popular: Guppy, Barrigudinho, Lebiste, Bandeirinha, Sarapintado, Peixe-Arco-Íris, Guaru-Guaru, Bobó, Rainbowfish, Missionaryfish, Millionenfisch, Buntfleckkaerpfling etc.
Nome Científico: Poecilia reticulata (Wilhelm C. H. Peters - 1859).
Origem: Norte da América do Sul e América Central.
Dimorfismo Sexual: Macho: Tem cores no corpo e nadadeiras. Sua nadadeira caudal costuma ser do mesmo tamanho do corpo. Pode chegar a medir 3 centímetros. Fêmea: Tem cores somente no pendúculo caudal e nadadeiras. Pode chegar a medir 5,6 cm
Temperatura: De 25°C a 30°C. De preferência 27°C.
Água: pH 7.0 a 7.2. dH 6 a 10.
Alimentação: Onívora - Tubifex, larvas de mosquito, drosófilas, artêmia salina, dáfnias, infusórios, microvermes, enquitréias, minhocas de jardim, patê etc.O Lebiste ou Guppy criado em cativeiro é provavelmente o peixe de aquário mais popular do mundo. Derivado da espécie selvagem Poecilia reticulata (originalmente da América do Sul/Central) ele é pequeno, lindo, pacífico, vivaz e geralmente resistente. Melhor ainda, há uma miríade de variantes coloridas que podem ser colecionadas e facilmente reproduzidas, por isso é uma das melhores escolhas para iniciantes no hobby, especialmente crianças. Tenho certeza que quase todo mundo já se deu conta disso, mas em todo caso: os machos de guppy são aqueles com corpos mais esguios e caudas grandes, enquanto as fêmeas são mais encorpadas (especialmente quando grávidas, o que é quase sempre) e de maneira geral são menos coloridas. Se você olhar com cuidado a nadadeira anal (aquela logo à frente de onde saem as fezes) vai ver também a diferença entre a nadadeira normal em forma de leque da fêmea, e a nadadeira modificada em forma de tubo do macho (gonopódio).

Guppies são razoavelmente tolerantes às condições da água e muitos iniciantes conseguem mantê-los vivos por um ano ou dois sem fazer nenhum tipo de monitoramento, mas se você tentar manter um pH estável de neutro a levemente alcalino (7.0-7.5), temperatura estável em torno de 26-28°C, e uma boa rotina de manutenção, vai ter guppies mais coloridos, mais saudáveis e de vida mais longa (3-5 anos). Alimentar guppies é banal, eles estão sempre com fome e aceitam todos os tipos de comida, mas existem rações comerciais especializadas para favorecer o crescimento da cauda e a coloração.

Reproduzir guppies é essencialmente automático, basta adicionar água. Muitas vezes você nem precisa de um macho, já que as fêmeas conseguem estocar esperma e já vêem grávidas da loja. Como todo mundo sabe, eles são vivíparos portanto os filhotes se desenvolvem dentro da mãe e ela os expele já plenamente formados, como versões miniaturas dos pais. Guppies NÃO são bons pais, eles comem na hora seus próprios filhotes se puderem, por isso são necessários criadouros especiais se você quiser criar os filhotes. Em um aquário bem plantado, muitos bebês conseguem sobreviver por sí só, escondendo-se por entre a vegetação, e assim que atingem um tamanho razoável já estão a salvo dos adultos.

Como já mencionado, existem muitas variedades (linhagens) de guppies, e criadores de guppy em muitos países são bastante dedicados e organizados, formando clubes, realizando eventos, competições e leilões. Ao passo que guppies "vira-latas" são tão baratos que são frequentemente usados como alimento vivo, as linhagens bem desenvolvidas chegam a atingir preços bem impressionantes.